Ontem escrevendo sobre Minority Report, acabei lembrando de outro filme do Spielberg que também adoro: Inteligência Artificial! Esse filme divide opiniões, talvez pelas viagens poéticas que o diretor usa principalmente na parte final que muita gente detestou... Mas aqui o que vale é minha opinião né? então digo que é um ótimo filme!
Em um futuro não muito distante, os robôs se tornaram cópias perfeitas dos seres humanos: Além de serem fisicamente iguais, conseguem responder a dor reproduzir expressões faciais e simular sensações. Mas não satisfeito com tudo isso, um cientista se pergunta: e se um robô fosse capaz de amar? Seu primeiro teste foi Dave(Haley Joel Osment), um "menino" de 11 anos de idade, que é adotado por um casal abalado pela perda repentina de seu filho verdadeiro. No início Dave é apenas mais um robô com aparência humana, mas à medida que Monica, sua mãe adotiva, se apega a ele, ela resolve ativar os seus "circuitos do amor". A cena em que isso acontece é incrível... reparem nos olhos de Dave, começam com uma expressão fria, que se transforma em um olhar de uma criança olhando pra sua mãe... já vale um Oscar! À partir daí o filme muda de direção algumas vezes, mas sempre com Dave em busca do verdadeiro amor de sua mãe. Ele vai atrás até da Fada Azul (referência ao Pinóquio), acreditando que se encontrá-la ela vai transformá-lo num menino de verdade.
O filme ainda tem ótimos personagens secundários... Jude Law como o andróide gigolô, a mãe de Dave com o coração dividido, e até Todd, o urso de pelúcia que acompanha Dave em sua jornada. O desfecho da história é algo que poderia ser tratado à parte, mas não posso falar aqui... É uma ficção científica fantástica, que trata sobre a responsabilidade humana sobre suas criações. Pra mim é um filme que mostra situações que em breve poderemos estar vivendo em relação a clonagem de seres humanos... assistam com a mente aberta!
Ahhh, esqueci de um detalhe: a história é de Stanley Kubrick, que infelizmente morreu antes de conseguir realizar esse projeto com Spielberg. Talvez daí venha a desaprovação de tanta gente, que imagina como a história teria se desenvolvido nas mãos de seu criador...
