7.3.13

Clip da Semana - Open Your Eyes - Snow Patrol

O curta metragem francês C'était Un Rendez-vous, de 1976, apresenta uma corrida de quase nove minutos através das ruas de Paris, filmado com apenas uma câmera que dá uma visão bem próxima do solo, aumentando a "sensação de velocidade". O sujeito ultrapassa os limites de velocidade, sinais vermelhos, anda na contra mão, tudo para encontrar sua namorada na praça da basílica de Sacré Coeur. Acompanhar o visual das ruas de Paris na década de 70 é fantástico... será que hoje em dia ainda é possível andar por lá com ruas tão vazias?

O Snow Patrol aproveitou alguns minutos desse curta metragem para servir de clip para a música Open Your Eyes, e o resultado ficou muito bom, as duas obras parecem se combinar. Aos 4 minutos do clip, quando a intensidade da música fica maior, tem até alguns faróis que começam a brilhar!

Open Your Eyes - Snow Patrol - 2006



Ficou curioso para ver C'était Un Rendez-vous completo? É só clicar aqui.

5.1.13

The Walking Dead - Terceira temporada

A terceira temporada de The Walking Dead volta das suas "férias" no mês que vem, prometendo muitas surpresas... Qual será a próxima baixa no grupo de Rick?? Eu nunca li as HQs, e meu único contato com o universo de Walking Dead é através da série de TV, então quando alguém morre ou algo importante acontece, é sempre uma surpresa pra mim, e talvez pra todos pois tenho escutado muita gente falando que a série está muito diferente das HQs. 

Os primeiros oito episódios dessa terceira temporada foram ótimos, com muitas cenas de ação, drama, lutas, novos personagens, confinamentos... tudo o que se espera de uma série sobre zumbis! Algumas cenas até me surpreenderam por sua intensidade, como a sequência do parto de Lori: atitudes extremas e ótimas atuações de todos os atores envolvidos, conseguindo criar uma cena chocante e comovente. Aquele olhar do Carl me fez pensar de que no futuro ele pode ir para o ""lado negro da força", isso se ele sobreviver até lá, claro. Nesses últimos episódios Rick tem se mostrado extremamente calculista, não se importando em matar qualquer um que represente uma ameaça ao seu grupo, ao lado de Daryl Dixon (de longe o melhor pergonagem!) que tem ganhado cada vez mais espaço na história. O embate entre Rick e o Governador, outro que apareceu nessa temporada e acrescentou muito à série, tem tudo para ser um dos grandes momentos da história. Será que o grupo de Rick vai tomar a cidade? Como vai terminar a luta entre Daryl e o seu irmão? T-Dog vai deixar saudades no grupo?? Que venham os próximos episódios!

A estréia internacional da segunda parte da terceira temporada acontece dia 10/02/2013, e na Fox Brasil no dia 12/02/2013, continuando com a nova onda de estreias quase que simultâneas. Isso é muito bom, e a HBO já está na frente de todos estreando suas principais séries aqui no Brasil no mesmo dia em que começam a passar lá fora.

Preview do episódio 03x09 - The Suicide King

31.12.12

O Hobbit - Uma Jornada Inesperada (The Hobbit - An Unexpect Journey - 2012)

 

Quem diria que já se passaram 11 anos desde que A Sociedade do Anel estreou nos cinemas. A adaptação para os cinemas dessa magnífica obra de Tolkien sem dúvida foi um divisor de águas no cinema moderno, criando novos parâmetros para filmes épicos, aventura e efeitos visuais. Com toda essa importância, é lógico que o retorno da Terra Média às telonas com O Hobbit - Uma Jornada Inesperada, gerou uma enorme expectativa, mas nunca pensei que esse filme conseguiria alcançar o padrão de excelência de O Senhor dos Anéis. Os trailers por algum motivo me passavam a ideia de que seria uma produção com um tom mais infantil e argumento pouco convincente. Foi uma grande satisfação sair do cinema admirado com esse ótimo filme!

A produção técnica continua impecável... fotografia lindíssima, efeitos especiais incríveis, ótima trilha sonora (mesmo repetindo muitos temas de O Senhor dos Anéis), a equipe de Peter Jackson não perdeu o jeito! As mudanças feitas na história do livro deram mais emoção à trama, e a caracterização dos treze anões está perfeita, sem causar nenhuma estranheza à essa raça que na trilogia do Anel era representada só por Gimli. Thorin Escudo-de-Carvalho está excelente, fazendo um herói tão bom (melhor?) quanto Aragorn, mérito da ótima interpretação de Richard Armitage. Martin Freeman também está excelente como o jovem Bilbo Bolseiro, lembrando muito a atuação de Iam Holm, o "Bilbo velho". Também foi ótimo rever no cinema os personagens de Elrond, Galadriel, Frodo, Bilbo, Sméagol, Gandalf, Saruman... parecem todos velhos amigos que à muito tempo estavam desaparecidos. Ver Christopher Lee, no auge dos seus 90 anos, interpretando mais uma vez Saruman já vale o preço do ingresso! 


Não pude conferir o filme rodando a 48 quadros por segundo, já que nenhum cinema aqui da região tem essa tecnologia, então assisti no 3D normal, sentindo a visão um pouco cansada no final das quase três horas de filme, mesmo tendo passado muito rápido. Pra quem ainda não sabe do que se trata essa tecnologia de 48 fps: o cinema sempre apresenta filmes rodados a 24 quadros por segundo, ou seja, a cada segundo passam na tela uma sucessão de 24 imagens, o que é suficiente para o nosso cérebro criar a ilusão de movimento. Quanto mais quadros por segundo, ou maior frame rate, mais realista se torna essa ilusão de movimento, chegando muito próxima da realidade em 48 quadros por segundo. A essa característica, junte também as câmeras de altíssima resolução usadas nas filmagens de O Hobbit e o resultado deve ter sido mesmo incrível...

Algumas cenas que me chamaram a atenção (se você ainda não assistiu e não quer saber nada sobre o que acontece, não leia!):

> O relato sobre o ataque do dragão Smaug à Erebor é simplesmente fantástico, mesmo não mostrando o dragão em nenhum momento!
> A cena em que aparecem os Gigantes de Pedra me pegou de surpresa, é a literatura fantástica transposta perfeitamente para o cinema...
> O momento em que Thorin revê o vilão Azog é épico, pena que ele nem teve chance na luta...
> As águias no final do filme dão uma sequência de imagens belíssimas, me lembrou do final de O Retorno do Rei!

30.12.12

Carnivàle - Primeira temporada (2003)


Carnivàle é uma série lançada pela HBO em 2003, que narra uma história desenvolvida em dois núcleos. De um lado acompanhamos um circo itinerante, que viaja pelos Estados Unidos em plena grande depressão, no ano de 1934. Em uma dessas viagens, Ben Hawkings, um rapaz com misteriosos poderes, se junta à essa turma que já é bem estranha... Do outro lado, é narrada a história de Justin Crowe, um pastor metodista que possui o poder de manifestar os pecados de seus fiéis, e que constantemente tem a sua fé testada. De alguma maneira, essas histórias se cruzarão no futuro, em uma batalha épica entre o bem e o mal.

A primeira temporada teve 12 episódios, todos com o altíssimo padrão de qualidade da HBO, que lentamente foram desenvolvendo vários personagens. Esse ritmo devagar até irrita um pouco no início, mas quando as coisas começam a fazer algum sentido, você passa a gostar cada vez mais da série. A trama vai aumentando a sua complexidade, envolvendo vidas passadas (?), templários e criaturas místicas, sempre fazendo muito suspense sobre o significado de cada elemento da história. Pra falar a verdade, só nos últimos episódios ficou claro o que realmente estava acontecendo e de que lado cada personagem estava. Bom, no final você ainda fica na dúvida sobre qual a importância de algumas pessoas na história, mas isso é surpresa! Quem assistiu Twin Peaks pode lembrar do ar misterioso que todos os personagens tinham, e a dinâmica diferente de se contar uma história... além da presença do ótimo Michael J. Anderson!

Estou aflito quanto à segunda temporada, visto que a série foi cancelada no segundo ano, e estavam previstas seis temporadas para contar toda a história. A produção foi cancelada pois não conseguiu manter os bons índices de audiência do seu primeiro ano... como pode??



26.8.12

Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises - 2012)



Já faz um tempinho que assisti à esse filme, mas como já é hábito esse ano, estou ficando muito tempo sem postar nada aqui! Não poderia deixar de escrever alguma coisa sobre o desfecho de uma das melhores trilogias dessa última década (perde pra quem? acho que só pra Senhor dos Anéis...). Desde o primeiro filme, o tom sombrio foi a marca registrada dos filmes de Chritopher Nolan, dando uma atmosfera bem diferente a das outras produções de super heróis lançados durante esse período. Foi uma aposta bastante arriscada, afinal não é fácil dar seriedade à uma história de um cara que se veste de morcego para combater o crime. Mas o resultado foi excelente, e O Cavaleiro das Trevas Ressurge tinha a tarefa quase impossível de superar o seu antecessor de 2008.

Elenco muito bem escolhido!
A última parte da trilogia conseguiu fechar toda a história de uma forma coesa, trazendo de volta  personagens e elementos dos dois filmes anteriores, e apresentando um novo vilão quase tão assustador quanto o Coringa. Bane impressiona com a sua inteligência e polidez, que contrastam com a sua violência e frieza, e ainda rende uma bela reviravolta no final do filme. Outra boa novidade foi Selina Kyle, a Mulher-Gato, o que é uma grande surpresa vinda da Anne Hathaway... e o terceiro novo personagem, o policial John Blake, caiu de pára-quedas na história, mas acredito que ele foi colocado ali por um bom motivo. Ou será que foi só pra completar o elenco de A Origem??? O resto do pessoal continua lá: Gordon, Alfred, Bruce (lógico!), Lucius Fox e até Jonathan Crane, o Espantalho, aparece em uma ótima cena de julgamento.  Ainda existem outras novidades como as cenas de luta mais intensas, efeitos especiais, explosões, o veículo voador... tudo foi um pouco mais grandioso nesse último filme.

Mas ele conseguiu ser melhor que o Cavaleiro das Trevas? Chegou bem perto, mas ainda prefiro a parte central da trilogia, e o Coringa interpretado por Heath Leadger não vai ser fácil de ser batido por algum outro vilão... Outro destaque do filme: a trilha sonora escrita por Hans Zimmer se encaixa tão bem com o personagem, difícil imaginar um outro compositor que poderia ter feito esse trabalho e se aproximar desse resultado!





3.6.12

O Retorno de Johnny English (Johnny English Reborn - 2011)

Rowan Atkinson é um dos grandes mestres da comédia de nosso época. Assim como Charles Chaplin, Rowan conseguiu romper a barreira da linguagem com o seu personagem Mr. Bean, o atrapalhado inglês que conseguiu fazer o mundo todo rir contando histórias onde os diálogos eram desnecessários. 

Quem viu o primeiro filme, de 2003, já conhece o agente da Inteligência Britânica Johnny English, mas nessa sequência ele volta muito mais "James Bond", chegando a protagonizar boas cenas de ação... Se não fossem as constantes piadas e a cara sempre hilária de Rowan, daria até pra dizer que o filme é um thriller de ação policial... o treinamento com os monges tibetanos deu resultado! 

Scully!!!
Na história, Johnny é chamado de volta à MI-7, após um incidente que o afastou da agência e o fez ficar cinco anos isolados no Tibete, onde aprimorou as suas habilidade de agente secreto. Ele tenta aproveitar esse retorno para provar que é um bom agente, mas como sempre, tudo dá errado... à partir daí acontecem perseguições, assassinatos, reviravoltas e agentes duplos, tudo como em um legítimo filme policial. Gostei muito de ver Gillian Anderson atuando novamente, agora como diretora do MI-7! Ainda estou torcendo pra que saia um outro filme de Arquivo-X que consiga reunir mais uma vez os agentes Mulder e Sculy! 

Filme recomendado, já que as boas comédias estão tão raras ultimamente...

2.6.12

Homens de Preto 3 (Men In Black 3 - 2012)

A franquia Homens de Preto não tem nenhum concorrente no cinema. Não me lembro de algum outro filme que tente misturar ação, ficção científica, comédia, efeitos especiais e atores famosos em uma mesma produção... talvez isso explique essa trajetória de tantos erros e acertos que começou em 1997 com o primeiro Men in Black, que continua sendo o meu preferido da trilogia.

A franquia merecia um terceiro filme, pra tentar redimir a péssima continuação de 2002, e parece que os produtores realmente se dedicaram à tentar construir algo para agradar ao maior número de pessoas. Homens de Preto 3 tem boas cenas de ação, algumas boas piadas, personagens estranhos e uma história que até tentou ser comovente no final... mas faltou um roteiro que conseguisse manter tudo isso interessante durante todo o filme. O destaque foi o ator Josh Brolin interpretando o jovem agente K, o cara conseguiu imitar perfeitamente o personagem de Tommy Lee Jones! Will Smith consegue estar bem em todos os seus filmes, então nem é preciso dizer que ele é o responsável por boa parte do sucesso dessa franquia, que com esse terceiro filme já poderia se despedir dignamente dos cinemas.

Algumas considerações: Alguém concorda comigo que o ponto fraco dos três filmes sempre foi o seu vilão? Três filmes, três vilões diferentes e nenhum deles conseguiu realmente representar uma ameaça ou ter algum carisma... desse jeito nenhuma história consegue ser heroica! E algo que foi ótimo nos três filmes: as cenas finais sempre mostram perspectivas que nos fazem filosofar sobre o Universo e nossa importância dentro dele, e o alienígena Griffin deve ter confundido muitas cabeças com sua capacidade de ver um universo multidimensional fora do espaço-tempo!