31.12.12

O Hobbit - Uma Jornada Inesperada (The Hobbit - An Unexpect Journey - 2012)

 

Quem diria que já se passaram 11 anos desde que A Sociedade do Anel estreou nos cinemas. A adaptação para os cinemas dessa magnífica obra de Tolkien sem dúvida foi um divisor de águas no cinema moderno, criando novos parâmetros para filmes épicos, aventura e efeitos visuais. Com toda essa importância, é lógico que o retorno da Terra Média às telonas com O Hobbit - Uma Jornada Inesperada, gerou uma enorme expectativa, mas nunca pensei que esse filme conseguiria alcançar o padrão de excelência de O Senhor dos Anéis. Os trailers por algum motivo me passavam a ideia de que seria uma produção com um tom mais infantil e argumento pouco convincente. Foi uma grande satisfação sair do cinema admirado com esse ótimo filme!

A produção técnica continua impecável... fotografia lindíssima, efeitos especiais incríveis, ótima trilha sonora (mesmo repetindo muitos temas de O Senhor dos Anéis), a equipe de Peter Jackson não perdeu o jeito! As mudanças feitas na história do livro deram mais emoção à trama, e a caracterização dos treze anões está perfeita, sem causar nenhuma estranheza à essa raça que na trilogia do Anel era representada só por Gimli. Thorin Escudo-de-Carvalho está excelente, fazendo um herói tão bom (melhor?) quanto Aragorn, mérito da ótima interpretação de Richard Armitage. Martin Freeman também está excelente como o jovem Bilbo Bolseiro, lembrando muito a atuação de Iam Holm, o "Bilbo velho". Também foi ótimo rever no cinema os personagens de Elrond, Galadriel, Frodo, Bilbo, Sméagol, Gandalf, Saruman... parecem todos velhos amigos que à muito tempo estavam desaparecidos. Ver Christopher Lee, no auge dos seus 90 anos, interpretando mais uma vez Saruman já vale o preço do ingresso! 


Não pude conferir o filme rodando a 48 quadros por segundo, já que nenhum cinema aqui da região tem essa tecnologia, então assisti no 3D normal, sentindo a visão um pouco cansada no final das quase três horas de filme, mesmo tendo passado muito rápido. Pra quem ainda não sabe do que se trata essa tecnologia de 48 fps: o cinema sempre apresenta filmes rodados a 24 quadros por segundo, ou seja, a cada segundo passam na tela uma sucessão de 24 imagens, o que é suficiente para o nosso cérebro criar a ilusão de movimento. Quanto mais quadros por segundo, ou maior frame rate, mais realista se torna essa ilusão de movimento, chegando muito próxima da realidade em 48 quadros por segundo. A essa característica, junte também as câmeras de altíssima resolução usadas nas filmagens de O Hobbit e o resultado deve ter sido mesmo incrível...

Algumas cenas que me chamaram a atenção (se você ainda não assistiu e não quer saber nada sobre o que acontece, não leia!):

> O relato sobre o ataque do dragão Smaug à Erebor é simplesmente fantástico, mesmo não mostrando o dragão em nenhum momento!
> A cena em que aparecem os Gigantes de Pedra me pegou de surpresa, é a literatura fantástica transposta perfeitamente para o cinema...
> O momento em que Thorin revê o vilão Azog é épico, pena que ele nem teve chance na luta...
> As águias no final do filme dão uma sequência de imagens belíssimas, me lembrou do final de O Retorno do Rei!

30.12.12

Carnivàle - Primeira temporada (2003)


Carnivàle é uma série lançada pela HBO em 2003, que narra uma história desenvolvida em dois núcleos. De um lado acompanhamos um circo itinerante, que viaja pelos Estados Unidos em plena grande depressão, no ano de 1934. Em uma dessas viagens, Ben Hawkings, um rapaz com misteriosos poderes, se junta à essa turma que já é bem estranha... Do outro lado, é narrada a história de Justin Crowe, um pastor metodista que possui o poder de manifestar os pecados de seus fiéis, e que constantemente tem a sua fé testada. De alguma maneira, essas histórias se cruzarão no futuro, em uma batalha épica entre o bem e o mal.

A primeira temporada teve 12 episódios, todos com o altíssimo padrão de qualidade da HBO, que lentamente foram desenvolvendo vários personagens. Esse ritmo devagar até irrita um pouco no início, mas quando as coisas começam a fazer algum sentido, você passa a gostar cada vez mais da série. A trama vai aumentando a sua complexidade, envolvendo vidas passadas (?), templários e criaturas místicas, sempre fazendo muito suspense sobre o significado de cada elemento da história. Pra falar a verdade, só nos últimos episódios ficou claro o que realmente estava acontecendo e de que lado cada personagem estava. Bom, no final você ainda fica na dúvida sobre qual a importância de algumas pessoas na história, mas isso é surpresa! Quem assistiu Twin Peaks pode lembrar do ar misterioso que todos os personagens tinham, e a dinâmica diferente de se contar uma história... além da presença do ótimo Michael J. Anderson!

Estou aflito quanto à segunda temporada, visto que a série foi cancelada no segundo ano, e estavam previstas seis temporadas para contar toda a história. A produção foi cancelada pois não conseguiu manter os bons índices de audiência do seu primeiro ano... como pode??



26.8.12

Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises - 2012)



Já faz um tempinho que assisti à esse filme, mas como já é hábito esse ano, estou ficando muito tempo sem postar nada aqui! Não poderia deixar de escrever alguma coisa sobre o desfecho de uma das melhores trilogias dessa última década (perde pra quem? acho que só pra Senhor dos Anéis...). Desde o primeiro filme, o tom sombrio foi a marca registrada dos filmes de Chritopher Nolan, dando uma atmosfera bem diferente a das outras produções de super heróis lançados durante esse período. Foi uma aposta bastante arriscada, afinal não é fácil dar seriedade à uma história de um cara que se veste de morcego para combater o crime. Mas o resultado foi excelente, e O Cavaleiro das Trevas Ressurge tinha a tarefa quase impossível de superar o seu antecessor de 2008.

Elenco muito bem escolhido!
A última parte da trilogia conseguiu fechar toda a história de uma forma coesa, trazendo de volta  personagens e elementos dos dois filmes anteriores, e apresentando um novo vilão quase tão assustador quanto o Coringa. Bane impressiona com a sua inteligência e polidez, que contrastam com a sua violência e frieza, e ainda rende uma bela reviravolta no final do filme. Outra boa novidade foi Selina Kyle, a Mulher-Gato, o que é uma grande surpresa vinda da Anne Hathaway... e o terceiro novo personagem, o policial John Blake, caiu de pára-quedas na história, mas acredito que ele foi colocado ali por um bom motivo. Ou será que foi só pra completar o elenco de A Origem??? O resto do pessoal continua lá: Gordon, Alfred, Bruce (lógico!), Lucius Fox e até Jonathan Crane, o Espantalho, aparece em uma ótima cena de julgamento.  Ainda existem outras novidades como as cenas de luta mais intensas, efeitos especiais, explosões, o veículo voador... tudo foi um pouco mais grandioso nesse último filme.

Mas ele conseguiu ser melhor que o Cavaleiro das Trevas? Chegou bem perto, mas ainda prefiro a parte central da trilogia, e o Coringa interpretado por Heath Leadger não vai ser fácil de ser batido por algum outro vilão... Outro destaque do filme: a trilha sonora escrita por Hans Zimmer se encaixa tão bem com o personagem, difícil imaginar um outro compositor que poderia ter feito esse trabalho e se aproximar desse resultado!





3.6.12

O Retorno de Johnny English (Johnny English Reborn - 2011)

Rowan Atkinson é um dos grandes mestres da comédia de nosso época. Assim como Charles Chaplin, Rowan conseguiu romper a barreira da linguagem com o seu personagem Mr. Bean, o atrapalhado inglês que conseguiu fazer o mundo todo rir contando histórias onde os diálogos eram desnecessários. 

Quem viu o primeiro filme, de 2003, já conhece o agente da Inteligência Britânica Johnny English, mas nessa sequência ele volta muito mais "James Bond", chegando a protagonizar boas cenas de ação... Se não fossem as constantes piadas e a cara sempre hilária de Rowan, daria até pra dizer que o filme é um thriller de ação policial... o treinamento com os monges tibetanos deu resultado! 

Scully!!!
Na história, Johnny é chamado de volta à MI-7, após um incidente que o afastou da agência e o fez ficar cinco anos isolados no Tibete, onde aprimorou as suas habilidade de agente secreto. Ele tenta aproveitar esse retorno para provar que é um bom agente, mas como sempre, tudo dá errado... à partir daí acontecem perseguições, assassinatos, reviravoltas e agentes duplos, tudo como em um legítimo filme policial. Gostei muito de ver Gillian Anderson atuando novamente, agora como diretora do MI-7! Ainda estou torcendo pra que saia um outro filme de Arquivo-X que consiga reunir mais uma vez os agentes Mulder e Sculy! 

Filme recomendado, já que as boas comédias estão tão raras ultimamente...

2.6.12

Homens de Preto 3 (Men In Black 3 - 2012)

A franquia Homens de Preto não tem nenhum concorrente no cinema. Não me lembro de algum outro filme que tente misturar ação, ficção científica, comédia, efeitos especiais e atores famosos em uma mesma produção... talvez isso explique essa trajetória de tantos erros e acertos que começou em 1997 com o primeiro Men in Black, que continua sendo o meu preferido da trilogia.

A franquia merecia um terceiro filme, pra tentar redimir a péssima continuação de 2002, e parece que os produtores realmente se dedicaram à tentar construir algo para agradar ao maior número de pessoas. Homens de Preto 3 tem boas cenas de ação, algumas boas piadas, personagens estranhos e uma história que até tentou ser comovente no final... mas faltou um roteiro que conseguisse manter tudo isso interessante durante todo o filme. O destaque foi o ator Josh Brolin interpretando o jovem agente K, o cara conseguiu imitar perfeitamente o personagem de Tommy Lee Jones! Will Smith consegue estar bem em todos os seus filmes, então nem é preciso dizer que ele é o responsável por boa parte do sucesso dessa franquia, que com esse terceiro filme já poderia se despedir dignamente dos cinemas.

Algumas considerações: Alguém concorda comigo que o ponto fraco dos três filmes sempre foi o seu vilão? Três filmes, três vilões diferentes e nenhum deles conseguiu realmente representar uma ameaça ou ter algum carisma... desse jeito nenhuma história consegue ser heroica! E algo que foi ótimo nos três filmes: as cenas finais sempre mostram perspectivas que nos fazem filosofar sobre o Universo e nossa importância dentro dele, e o alienígena Griffin deve ter confundido muitas cabeças com sua capacidade de ver um universo multidimensional fora do espaço-tempo!

1.6.12

Os Vingadores (The Avengers - 2012)

Demorei tanto pra assistir esse filme, que no momento em que fui no cinema eu já estava sabendo de uma boa parte do roteiro, apenas pelas inúmeras piadas e homenagens postadas na Internet pelos fans, fenômeno que começou já no ano passado, com o épico diálogo entre Loki e Tony Stark: "I have an army... - We have a Hulk!". Aliás, fenômeno é uma boa palavra para descrever o filme. Os Vingadores já está perto de ser a terceira maior bilheteria da história do cinema, faturando até agora US$ 1,3 bilhão no mundo todo, e a opinião em relação ao filme é quase uma unanimidade: todos adoraram!

Quem diria que um dia um filme de super-heróis, que adapta histórias em quadrinho com personagens que nasceram a meio século atrás e sem nenhuma pretensão de soar realista, faria tanto sucesso assim? Difícil dizer quem foram os responsáveis por essa façanha, mas sem dúvida a Marvel, colocando seu maior patrimônio nas mãos dos roteiristas e diretores certos, teve um papel decisivo nesse sucesso. Depois entram a produção e o elenco, também cheio de escolhas certeiras. Parece que todo esse arco de histórias da Marvel no cinema construiu aos poucos a base para explicar tanto sucesso e carisma de um único filme, que entrou na minha lista de filmes mais divertidos antes mesmo de eu ter assistido...

Melhor surpresa de todas: Hulk! Personagem que ficou de lado nos últimos anos acabou roubando todas as cenas, culpa de Mark Rufallo que conseguiu fazer Bruce Banner quase tão carismático quanto Tony Stark!

15.4.12

The Walking Dead - 2ª Temporada


Acabei de assistir ao último episódio da segunda temporada de The Walking Dead. Temporada cheia de altos e baixos, com um começo morno, meio frio e final interessante... Isso deve ser um indicador de que a série está indo pelo caminho errado, afinal, ter pelo menos os dois últimos episódios acima da média qualquer série consegue fazer. O ponto fraco sempre foram os personagens (até que podia ter morrido mais gente nessa temporada...), nenhum dos atores principais é carismático, e a Lori consegue destruir qualquer moral que o seu marido tenta conquistar durante os episódios. Daryl continua sendo o único personagem merecedor de todas as suas cenas... só espero que ele não morra!

Desde o início, o ponto mais forte da série continua sendo a produção. O último episódio teve uma longa cena de ação muito bem filmada, e a maquiagem dos zumbis está cada vez melhor, chegando a ficar realmente nojento em algumas cenas. A terceira temporada promete ser mais violenta, com novos personagens e a aparição de algumas figuras que foram bem emblemáticas na história original. Vamos ver o que acontece... continua com potencial para voltar a ser uma ótima série.

Sabiam que existe um thumblr dedicado às pessoas que odeiam a Lori? o site se chama The Walking Whore, e traz pérolas como "A única pessoa dirigindo um carro no planeta, e mesmo assim consegue bater.", pra quem gosta, ou pra quem não gosta, vale a pena conferir: http://everybodyhateslori.tumblr.com/

Clip da Semana - Blaze of Glory, Bon Jovi

Lembram do filme Jovens Demais Para Morrer? Faz bastante tempo que assisti (15 anos... será??), e fui pesquisar algo a respeito antes de escrever esse post. Algumas coisas que me surpreenderam: Viggo Mortensen (Aragorn!) faz parte do elenco, Emilio Esteves é irmão de Charlie Sheen, Willian Petersen (CSI) e Kiefer Sutherland (24 H) no mesmo filme... 

Quanto a trilha sonora, conta com as canções do primeiro disco solo do Bon Jovi, com destaque para Blaze of Glory, um dos maiores sucessos do cantor, quase um especialista em escrever músicas com boas histórias... vale a pena relembrar!

Blaze of Glory - Bon Jovi -1990

22.3.12

Que filme é esse? 12

Esse tá bem difícil... ou não???


Quem souber de que filme é essa cena, pode escrever nos comentários! 

Gigantes de Aço (Real Steal - 2011)

Em um futuro próximo (2020), as pessoas perderam o interesse pelo boxe tradicional. Para não morrer de vez, o mercado cria um novo estilo de luta: boxe de robôs! Controlados por humanos, os gigantes travam um campeonato bem mais violento e grandioso do que o do boxe de antigamente... A premissa do filme parece que não consegue render nada de interessante, mas acaba surpreendendo!

Sem dúvida, o que salvou a história foi uma série de acertos: roteiro, produção, efeitos especiais e até Hugh Jackman, conseguiram amarrar a história e criar um filme divertido e emocionante. Jackman interpreta um ex lutador de boxe, que agora leva a vida tentando ganhar algum dinheiro em lutas de robôs clandestinas. Sem dinheiro para comprar um bom lutador, ele perde muito mais do que ganha, e fica devendo até a alma para os apostadores. Quando estava chegando no fundo do poço, recebe a notícia de que uma ex-namorada morreu, e automaticamente ele teria que assumir a guarda do seu filho de 11 anos, apesar de nunca ter visto o rapaz. À partir daí o filme tinha tudo pra se enrolar de vez, mas o menino se mostra mais louco do que o pai, e a história toma o seu melhor caminho! 

Na medida em que a história se desenrola, tudo vai ficando mais previsível, e até quem nunca assistiu a um filme de boxe consegue imaginar como tudo vai terminar... O final me fez lembrar de Rocky Balboa (e quem não lembraria?), e isso só ajudou a deixar o filme ainda mais divertido. Não sei se sou só eu, mas esse tipo de filme sempre me faz torcer durante as lutas, mesmo sabendo o que provavelmente vai acontecer...


4.3.12

PULSE - Pink Floyd - 2006

A capa do dvd já avisa: O conteúdo pode 
afetar pessoas com epilepsia foto-sensível!
DVD duplo lançado em 2006, com a gravação de um show da turnê The Division Bell, realizado em 1994 na casa de eventos Earls Court, em Londres. Sou fã de Pink Floyd a um bom tempo, então fica difícil fazer alguma crítica negativa a esse excelente show, que proporciona um espetáculo sonoro e visual. A banda não está completa sem Roger Waters, mas David Gilmour (guitarra/voz), Nick Mason (bateria) e Richard Wright (teclado) estão entre os melhores no que fazem, entregando um show impecável. O DVD teve o áudio remasterizado para 5.1 canais, e a imagem está ótima, apesar de ainda não existir gravação digital na época. 

A primeira parte do show faz uma mistura entre músicas antigas e novas, com muitos solos de guitarra de Gilmour, perfeitamente sincronizados com os efeitos de luzes do imenso palco. Talvez esse seja o único problema do show (se é que se pode chamar de problema...), pois tudo é tão bem planejado que não sobra nenhum espaço para improvisações. No segundo disco, a banda começa tocando Speak To Me, e engata todo o álbum The Dark Side of the Moon, sem interrupções, exatamente do jeito como ele foi gravado. Aí cabe um destaque para Time, Money, Us and Them e Any Colour You Like. Depois a banda retorna para o bis com Wish You Where Here, Comfortably Numb (espetacular...) e finalizam com Run Like Hell.

São pouquíssimas bandas que conseguiram chegar ao nível de Pink Floyd, com a complexidade de suas músicas e apresentações. Fico imaginando o que vai ser do Rock quando essa geração, que já está chegando na casa dos 70 anos, nos deixar... será que os grandes espetáculos do Rock N' Roll vão se acabar?  


Money


26.2.12

Capitão América - O Primerio Vingador (Captain America, The First Avengers - 2011)

Depois de mais de seis meses sem escrever aqui no site (e quase sem assistir filmes!), vou tentar aos poucos voltar a atualizar isso aqui. Hoje acontece a cerimônia do Oscar 2012, e notar que não assisti a nenhum dos indicados a melhor filme me fez perceber como estou sentindo falta do cinema...

Pra recomeçar, ontem finalmente assisti Capitão América, filme que faz a ligação direta com uma das produções mais esperados em 2012: Os Vingadores! Confesso que fiquei um pouco decepcionado, estava esperando algo com as ótimas cenas de ação, humor e referências externas, características dos filmes da Marvel, mas Capitão América é bem diferente. Talvez porque o "grande poder" do Capitão é o seu caráter incorruptível, o que acaba  mudando o foco de toda a produção.

Pra quem não sabe, a história do Capitão América começa durante Segunda Guerra Mundial, como um teste do governo americano com o objetivo de criar um super soldado, capaz de fazer frente à Hydra, divisão tecnológica das tropas nazistas. Aliás, esse é um dos elementos do filme que poderia ter sido melhor aproveitado, sequências da Segunda Guerra sempre podem render boas cenas, mas acabaram quase que passando em branco. Caveira Vermelha, o grande vilão da história, da mais medo quando está com o rosto do ótimo ator Hugo Weaving do que quando tira a sua "máscara", e esse é um ponto crítico em qualquer filme de super herói: não existe herói convincente quando o vilão não é bem construído! Além disso os personagens coadjuvantes não se destacaram, com exceção de Howard Stark (o pai do Homem de Ferro Tony Stark) e do General Chester, nas pouquíssimas cenas em que aparece. No final das contas é um filme razoável, mas recomendo que todos os fãs de cinema assistam, por fazer parte de um arco de histórias nunca antes feito nos cinemas. Vamos ver se o resultado final disso tudo vai valer a pena! Os Vingadores estréia dia 27 de abril.