Sempre imaginei como deve se sentir um astronauta, vendo a Terra lá do alto, sabendo que existem milhões de quilômetros o separando de todos os seus amigos, família, casa. Como será ter certeza de que se qualquer coisa der errado, você não vai ter pra onde correr? Não é a toa que os caras que vão pra lá passam anos se preparando!
Lunar consegue passar muito bem essas sensações. Sam Bell é funcionário da empresa Lunar, resonsável pela mineração de Hélio 3 na superfície da Lua, gás que no futuro tornou-se a principal matriz energética da humanidade. Sam vive sozinho, supervisionando o trabalho das máquinas de mineração, e contando os últimos dias para encerrar o seu contrato de três anos, quando ele finalmente poderá voltar para a Terra e rever sua esposa e filha. Mas tudo muda após um acidente, e Sam começa a desconfiar que existe algo de errado com o seu trabalho, ou talvez com ele mesmo... Sua única companhia na estação lunar, o simpático sistema operacional Gerty (voz do Kevin Spacey!) , só faz aumentar suas supeitas sobre uma conspiração. Uma ótima ficção científica com potencial pra se tornar um dos cults da década passada. O ator Sam Rockwell dá um show, interpretando sozinho na maior parte do filme. Adorei a cena em que ele está dirigindo o veículo lunar, inconformado com a sua solidão, a câmera vai mudando de ângulo e lá longe mostra o planeta Terra. Desesperador! Uma pena o filme nem ter passado nos cinemas brasileiros, ficando quase sem nenhuma divulgação por aqui. Mas é indicação certa pra quem gosta do gênero!
Ahh, sabiam que o filho do David Bowie é diretor de cinema? Pois é, o nome dele é Duncan Jones, e esse foi o primeiro longa metragem que ele dirigiu. Tem futuro!
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